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O Dia do Sonhador

Vida em Condomínio

Ontem, 28 de junho de 2004, fui ao Rio de Janeiro, e como de costume, antes de entrar para a sala de embarque, parei na livraria para ver os livros. Nessas minhas idas e vindas, de Brasília-DF para algum lugar que eram constantes, uma ou duas vezes por semana, esses momentos de andar por entre os livros, eram especiais. Raramente conseguia sair sem comprar um livro.

Neste dia comprei o livro “Você é do tamanho dos seus sonhos”, de Cesar Souza. Normalmente o voo partia de Brasília às 7:00 e chegava no Santos Dumont, próximo das 8:00 e eu aproveitava este tempo a bordo para ler algum livro. Já chegando ao Rio de Janeiro tinha lido boa parte do livro, mas era chegada a hora de interromper a leitura, pois tinha outro momento especial, que era acompanhar todo o processo de aproximação do voo. O pouso nesse dia foi da cabeceira perto do Pão-de-Açucar sentido a ponte Rio-Niterói. Nesta aproximação o avião passava perto dos morros e depois fazia uma curva de 180º para alinhar com a cabeceira de pouso. Os minutos que precediam o pouso enquanto o avião fazia a curva, pareciam uma eternidade. Sempre dava a impressão que as rodas do avião tocariam a água. A calmaria só retornava, quando finalmente o avião tocava o solo suavemente. Ufa! Enquanto o avião taxiava voltei a pensar no livro que, em resumo, aborda a arte de sonhar de olhos abertos.

Achei interessantes as colocações do autor. Gostei particularmente de algo dito por Raul Seixas: “Um sonho sonhado sozinho continua um sonho. Um sonho sonhado em conjunto vira realidade!”. Pensei: “... será que eu sou um sonhador?”. Durante todo o dia no Rio de Janeiro, meus devaneios eram a respeito dos sonhos de olhos abertos: “...como faço para saber se sou ou não um sonhador?”.

Hoje, 29 de junho de 2004, é o dia do meu aniversário, como de costume liguei o meu computador às 7:00, antes de sair para o trabalho, lá na 716 Norte, para ver minhas mensagens. Para minha surpresa, recebi uma única mensagem que respondia justamente a minha dúvida do dia anterior. A mensagem era uma felicitação pelo meu aniversário e dizia: “... que os nascidos neste dia são sonhadores. O dia do sonhador.”. A mensagem fazia referência ao livro "A Linguagem Secreta dos Aniversários", de Gary Goldschneider e Joost Elffers. Neste momento, fiquei sabendo que teria que comprar mais um livro para buscar mais subsídios para minhas dúvidas sobre ser ou não ser um sonhador.

Vejam o que encontrei no livro sobre as pessoas nascidas em 29 de junho. “As pessoas nascidas no dia 29 de junho têm a mente repleta de visões e o propósito da sua vida pode bem ser o de tornar os sonhos realidade. Portanto, têm uma capacidade incomum de descobrir aplicações práticas para as suas fantasias, e, assim fazendo, as compartilham com os demais. Os nascidos neste dia também são extremamente sensíveis aos desejos dos outros, e, como Papai Noel, espera-se que os realizem. Nesse aspecto, eles são, simultaneamente, provedores responsáveis e sonhadores, com a cabeça nas nuvens. Felizmente, é característica a capacidade dos nascidos em 29 de junho de obter os meios necessários à realização bem-sucedida dos seus projetos. A maioria dos nascidos em 29 de junho mostra bastante conhecimento das questões técnicas da sua área, mas não são de falar muito e, embora ansiosos por compartilhar, podem ter dificuldade de comunicar seus métodos aos demais. Entretanto, a qualidade do que produzem pode ser aferida por todos”. Quem me conhece sabe que no texto acima tem muitas das minhas características como gerente de projeto que sempre andou no fio da navalha. Ou seria com a cabeça nas nuvens? No livro sobre os aniversários também descobri que o escritor do livro O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry, nasceu em 29 de junho de 1900. Por este livro tenho um encanto. O Pequeno Príncipe, pode ser visto como uma história para crianças sonhadoras. Eu o vejo como um livro sobre filosofia para as pessoas sonhadoras buscarem paz de espírito. Entre as suas diversas frases famosas estão: "Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos". "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".

Felizmente os meus sonhos sempre foram sonhados com outras pessoas. Do contrário, os nossos projetos não tinham conseguido cuidar do coração do Banco do Brasil, na época. São estas pequenas coisas que dão sentido à vida. Ainda bem que podemos sonhar, pois sem sonho a vida acaba…

p.s. Na época em que escrevi este texto, no ano de 2004, eu ainda estava como gerente do Sistema OMM (Operações do Mercado Monetário), que é a aplicação que cuidava das operações relacionadas com Títulos Públicos Federais que eram liquidadas através do SELIC. São essas operações que dão liquidez para o caixa de qualquer grande banco. Tive a honra, na época, de também atuar como conselheiro do SELIC.

Elton Curtarelli

Empresário

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